Sopa de Letrinhas

sábado, junho 16, 2007

Paulistas

É interessante como as pessoas se comportam nas grandes cidades. Um exemplo é um sábado de manhã em uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo: a Avenida Paulista.

Carros indo e vindo, ônibus lotados... De onde essas pessoas vem? Para onde elas vão? O que pensam? Como agem?

Uma mãe passa com sua filha no colo. É uma menina de um ano de idade, que observa tudo atentamente. Ela sabe o que sa passa à sua volta, só não tem consciência disso.

Uma pessoa passa apressada, coberta de papéis, pastas e preocupações. Ao seu lado, um jovem casal caminha tranqüilamente, observando a paisagem muti-colorida-acinzentada da enorme passarela de asfalto e concreto.

Um outro casal surge na calçada, usando óculos escuros (está um dia nublado). Uma massa de pedestres atravessa a avenida rapidamente, ao som de um hip hop vindo de um carro estacionado.

Ah! Não podemos nos esquecer das pombas! Onde há pessoas, há pombas! Uma delas sobe os degraus aonde me encontro sentada e me observa.

Também me observa, uma moça sentada na mesma escadaria que eu. Será que ela também está analisando o meu comportamento e se perguntando o que tanto rabisco no papel?

Começo a reparar que é incrível a quantidade de pessoas usando óculos escuros. Percebo então, que metade da avenida está coberta de nuvens e a outra está sendo iluminada pelo sol.

Observando mais atentamente, concluo que a Paulista é um mundo dentro do mundo. Por aqui passam pessoas de diferentes lugares, com diferentes histórias e diferentes pensamentos. Muitas delas, sei que nunca mais verei e de outras tantas, já nem me lembro. Só sei que, por um breve momento, estivemos no mesmo lugar.

quinta-feira, junho 07, 2007

Eu odeio shopping.

O mais engraçado de passar pelo menos cinco minutos no Shopping é reparar quantos tipos de pessoas existem. Sério, aquilo lá é um mini-mundo. Já tentou ir sem compromisso nenhum e sentar, que seja, num banquinho perto da praça de alimentação?

Primeiro que você repara nos tipos de consumidores. Oh, mundo capitalista filho da puta. Do banquinho, você vê famílias e famílias passando com sacolas de lojas de brinquedos, roupas caríssimas, eletrônicos, relógios e outros tipos de produtos. Porque, claro, o brasileiro (a maioria) não tem, mas gasta. Crianças pentelhas correm, tropeçam, choram e gritam por coisas da vitrine, assim como adolescentes patricinhas surtam quando passam na frente de uma loja de sapatos ou bolsas. É um antro do consumo e do exibicionismo.

Risos. Olhando pro lado, casais de jovens se engolindo e se agarrando animalmente. Que nojo. Olhando pro outro, senhores e senhoras tomando um café e conversando civilizadamente. Pra outro lado, ainda, um pouco mais adiante, um casal discute o orçamento mensal do apartamento. Eles querem viajar, mas as passagens estão caras demais.

No centro da praça de alimentação, há mais tipos, ainda. Tem, novamente, as patricinhas, que insistem em comer salada. Apesar dos infinitos tipos de redes de fast-food, elas querem manter seus corpos "impecavelmente perfeitos e SEM celulites" (ahã).

Falando em fast-food, é o que predomina nas mesas. Desde executivos, passando por crianças - que desde cedo aprendem o pecado - , mamães, babás, jovens, "rappers, rockers etc e tal". O mais engraçado é que um fica bem perto do outro. E no mesmo corredor de mesa, você tem pelo menos umas 5 bandejas diferentes.

Todos os sentados devoram os sanduíches, ou o que quer que esteja enrolado no papel ou dentro do prato ou pote, com uma fome voraz. Em menos de cinco minutos, o triplo cheese burguer some, do Yakissoba sobram alguns legumes e uns mililitros de shoyu.

Ahhhh, esqueci de mencionar que os malucos adoram cinemas de shoppings. Porra, onde já se viu?! Resolvem sair atirando por aí, a torto e a direito! E, recentemente, o cara ainda decidiu VOLTAR pro cinema pra acabar de ver o filme, depois de assaltar a bilheteria e matar o segurança!

É impressionante como aquele lugar me dá agonia, repulsa, nojo, surtos e chiliques. Só apareço em casos de extrema necessidade

É. Eu realmente odeio shopping.