Paulistas
É interessante como as pessoas se comportam nas grandes cidades. Um exemplo é um sábado de manhã em uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo: a Avenida Paulista.
Carros indo e vindo, ônibus lotados... De onde essas pessoas vem? Para onde elas vão? O que pensam? Como agem?
Uma mãe passa com sua filha no colo. É uma menina de um ano de idade, que observa tudo atentamente. Ela sabe o que sa passa à sua volta, só não tem consciência disso.
Uma pessoa passa apressada, coberta de papéis, pastas e preocupações. Ao seu lado, um jovem casal caminha tranqüilamente, observando a paisagem muti-colorida-acinzentada da enorme passarela de asfalto e concreto.
Um outro casal surge na calçada, usando óculos escuros (está um dia nublado). Uma massa de pedestres atravessa a avenida rapidamente, ao som de um hip hop vindo de um carro estacionado.
Ah! Não podemos nos esquecer das pombas! Onde há pessoas, há pombas! Uma delas sobe os degraus aonde me encontro sentada e me observa.
Também me observa, uma moça sentada na mesma escadaria que eu. Será que ela também está analisando o meu comportamento e se perguntando o que tanto rabisco no papel?
Começo a reparar que é incrível a quantidade de pessoas usando óculos escuros. Percebo então, que metade da avenida está coberta de nuvens e a outra está sendo iluminada pelo sol.
Observando mais atentamente, concluo que a Paulista é um mundo dentro do mundo. Por aqui passam pessoas de diferentes lugares, com diferentes histórias e diferentes pensamentos. Muitas delas, sei que nunca mais verei e de outras tantas, já nem me lembro. Só sei que, por um breve momento, estivemos no mesmo lugar.